segunda-feira, 9 de julho de 2012

Ex-Travesti vira Pastor e funda Associação Brasileira de EX-LGBT‏

Será? Pastor e ex-travesti afirma: “Deus restaurou minha identidade sexual”

PELO FIM DAS PESSOAS QUE ESTÃO A SERVIÇO DA TRANSFOBIA



NOTA do Homorrealidade: Aqui no site reproduzimos vários temas do universo LGBT, inclusive aqueles que nos parecem duvidosos sobre sua veracidade. Afinal, reprimir a homossexualidade e deixar de ser homossexual são coisas bem diferentes. Vale lembrar também que "ser travesti" e "ser homossexual" são conceitos que nem sempre andam juntos, muito menos são sinônimos. A matéria abaixo, portanto, vale como debate.

Publicado pelo iG/Último Segundo
Por Anderson Dezan
Na semana passada, gritos e bate-boca marcaram uma audiência pública na Câmara dos Deputados, em Brasília. O motivo: estava sendo discutido o projeto de decreto legislativo 234/11, conhecido como projeto de "cura" dos homossexuais. A proposta do deputado João Campos (PSDB-GO) quer derrubar o dispositivo do Conselho Federal de Psicologia que proíbe profissionais de atender pacientes gays que desejam mudar sua orientação sexual.
Para alguns especialistas, essa mudança é impossível. Não é o que pensa o pastor Joide Miranda, de 47 anos. O religioso mora em Cuiabá com a esposa Edna, com quem está há 17 anos, e seu filho Pedro, de 1 ano e 9 meses. Na capital matogrossense, ele fundou a ABexLGBTT (Associação Brasileira de Ex-LGBTTs), entidade que ajuda pessoas que "desejam deixar voluntariamente o estado da homossexualidade".
O estímulo para aqueles que o procuram é a sua própria história: aos 12 anos, Joide assumiu sua homossexualidade, aos 14, virou travesti, aos 21, foi viver uma relação homoafetiva com um italiano e, aos 26 anos, deixou tudo para trás após virar evangélico. Hoje, diz estar 100% restaurado na sua identidade heterossexual.
“A homossexualidade é uma conduta aprendida. Deus restaurou minha identidade e, quando ele faz isso, não há força maligna que faça voltar atrás”, diz ele. “A pessoa precisa substituir aqueles desejos, comportamentos, amizades e a forma de falar. Tem que encher a mente com as coisas de Deus. Precisa do esforço da pessoa”, ensina o pastor.


A entrevista ao iG ocorreu durante uma viagem ao Rio, onde foi convidado a pregar em uma igreja evangélica em Marechal Hermes, bairro da zona norte da cidade. No bate-papo, recheado de citações bíblicas, Joide Miranda contou sua história, descreveu o que um homossexual deve fazer para deixar de sentir desejo por pessoas do mesmo sexo, disse como iniciou o romance com sua esposa, criticou igrejas evangélicas GLS e fez alertas aos pais sobre os desenhos que as crianças assistem, citando o filme " Rio ".

Leia a entrevista:
iG: Qual é o objetivo da ABexLGBTT?
Pastor Joide: Abrimos a associação para apoiar aqueles que querem deixar o estado da homossexualidade. Eles não têm onde receber apoio e precisam de acompanhamento espiritual e psicológico. A entidade serve para mostrar a eles que há, sim, uma resposta. Atendo há mais de dez anos essas pessoas e tenho uma metodologia que não sai da Bíblia. Não sou psicólogo, sou um estudioso da Bíblia.
iG: A associação seria uma espécie de alternativa? O Conselho Federal de Psicologia possui uma resolução que proíbe tratar a homossexualidade como um transtorno.
Pastor Joide: A Organização Mundial da Saúde decretou que homossexualidade não é doença, mas, na verdade, eu sofri um transtorno egodistônico. Isso estava na Classificação Internacional de Doenças (CID) da psicologia, mas foi retirado. Precisei passar por uma psicóloga que conhecia e era evangélica. Hoje, se um indivíduo procurar uma clínica e disser que sofre de um transtorno egodistônico de sua identidade sexual, o profissional está proibido de atender. Existem muitas pessoas com esse tipo de transtorno que não querem vivenciar essa vida e sofrem
iG: O senhor rejeita, então, a ideia de que a pessoa nasce homossexual?
Pastor Joide: (Enfático) Eu também acreditava nisso, mas a homossexualidade é uma conduta aprendida. Quando você conhece Deus, percebe que ele é soberano em todas as coisas. Você acha que Deus ia errar justamente no homem a sua imagem e semelhança? Se ele quisesse que eu vivenciasse aquele estado em que estava, tinha me feito com uma vagina.
iG: Quando duas pessoas estão juntas, mesmo sendo do mesmo sexo, elas teoricamente se amam. Deus não é amor?
Pastor Joide: Um rapaz me disse uma vez que Deus estava no seu relacionamento. Se estivesse, ele iria fazer o rapaz sentir prazer no ânus, onde chega toda a sujeira do corpo? (Indignado) Que Deus é esse que faz um homem sentir prazer ao penetrar no ânus de outro homem?
iG: Mas é, de fato, possível deixar de ser gay?
Pastor Joide: Com certeza! Se não fosse, a Bíblia estaria mentindo. O problema da homossexualidade não está embaixo e, sim, na mente. Muitas pessoas que querem mudar dizem que não estão na prática do sexo, mas se masturbam pensando em homens. Como é que eles querem ser libertos? Quando você se masturba, força sua mente a trazer desejos pecaminosos. Ao invés de purificá-la, você está forçando-a se tornar mais pornográfica. É preciso restaurar a mente.
iG: E como fazer isso?
Pastor Joide: A restauração da mente só vem através da conversão. A pessoa precisa substituir aqueles desejos, comportamentos, amizades e a forma de falar. Na Epístola de São Paulo aos Romanos, no capítulo 12, versículo dois, a Bíblia diz: “Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito”. Isso quer dizer que meu círculo de amizade tem que ser transformado, as coisas que assisto e que me levam a ter uma mente pornográfica têm que ser mudadas. Se quero ser restaurado na minha identidade sexual, tenho que encher minha mente das coisas de Deus.

iG: Mas isso deve levar um tempo
Pastor Joide: Não é do dia para a noite. Precisa do esforço da pessoa. É isso o que muitas pessoas não conseguem entender. Elas falam que estão há muito tempo na igreja e os desejos continuam na mente. O que elas têm feito para que isso aconteça? Têm lido a Bíblia, têm buscado as coisas de Deus, têm caminhado com o senhor? As pessoas acham que Deus é uma fada madrinha e tem obrigação de fazer todas as coisas. Muitas coisas dependem exclusivamente de nós.
iG: Como foi essa mudança para o senhor?
Pastor Joide: Eu me vestia, falava e andava como uma mulher. Sentava e cruzava as pernas. Sentar de perna aberta foi um exercício, um esforço muito grande. Eu tinha o conhecimento da palavra, Deus estava no comando de todas as coisas, mas tive que lutar. Quando dou palestras, pergunto aos presentes se eles acham que foi fácil sentar de perna aberta e coçar o saco. Não foi, não! (ri) Um anjo não desceu dos céus e disse que eu tinha que coçar o saco. Eu me cobrava: “Joide, senta como homem! Coça o saco!” (ri) Quando existe o querer da pessoa, Deus age e opera.
iG: Essa atitude de mudança não pode soar como homofóbica? Não devemos amar igualmente os irmãos?
Pastor Joide: Amar, sim. Amo todo mundo. Amo os homossexuais, só não concordo com a prática do homossexualismo. É totalmente diferente.
iG: E, na sua opinião, o que leva uma pessoa a virar homossexual?
Pastor Joide: São vários fatores. O que mais vemos são abusos sexuais na infância. Temos também rejeição no ventre. Às vezes o pai sonha em ter um filho e, de repente, vem uma menina. Outro fator são os pais que suprem toda a necessidade material do lar, mas trabalham tanto que chegam em casa cansados para ouvir e brincar com os filhos. Há ainda as crianças sem referencial paterno, só materno. O menino quer brincar com boneca e a mãe não interfere. Leva ao psicólogo e ouve que não tem nada a ver e vai passar. Se formos olhar a infância, em 99% dos casos o estado da homossexualidade começou lá. O inimigo das nossas almas sempre age no início. É por isso que todos dizem que nasceram assim.
iG: O senhor costuma dizer que a mídia faz apologia aos gays. Os pais devem ficar atentos à programação na TV?
Pastor Joide: A televisão traz uma péssima influência para as crianças. Quais são os filmes e desenhos que elas assistem hoje? Os pais não têm essa visão. Atarefados, largam os filhos em frente à TV. Pare e preste atenção. No filme “ Rio ”, por exemplo. Tem um buldogue fantasiado de Carmen Miranda! (Indignado) Onde já se viu um cachorro brabo usar biquíni e fantasia de Carmen Miranda? Também tem um barbudo, segurança do centro de recuperação de aves, que sai do armário de tanga e rebolando. ( assista às cenas do filme "Rio" citadas pelo pastor ) Qual é o objetivo? Saí do armário, declarei o que sou. Irmão, isso se chama mensagem subliminar! Os pais precisam estar atentos. O adulto não percebe, mas a criança, sim.
iG: Como foi sua infância? Como era a relação com seus pais?
Pastor Joide: Não tive uma boa relação com meu pai. Ele era alcoólatra, extremamente agressivo. Em frente a minha casa morava um advogado. Quando tinha seis anos, esse vizinho me levou para a casa dele e me molestou. Não houve penetração, mas fiquei machucado. Cheguei em casa chorando, mas tive medo de contar para meu pai. O advogado também me ameaçou, dizendo que ia me desmentir se eu contasse. Só que depois ele começou a me tratar bem. Eu ia para a casa dele e recebia carinho e balas. Comecei a ganhar desse homem o que não recebia do meu pai e ele começou a me molestar. Quando tinha sete anos, ele me levava para o motel, tocava em mim e pedia para eu fazer sexo oral. Ele fazia sexo oral em mim e se masturbava. Ainda me dava doces. Acabei ficando viciado nisso. Logo vieram brincadeiras com outros meninos...
iG: Seus pais não perceberam nada?
Pastor Joide: Eu me tornei uma criança muito agressiva. Parei de estudar e meus pais não perceberam nada. Sou o único homem de quatro filhos. Minha mãe não se preocupou tanto comigo, tomava mais conta das meninas. Minha casa também vivia em pé de guerra. Meu pai bebia, agredia minha mãe, me espancava e batia nas minhas irmãs. Foi nesse cenário que aos 12 anos assumi minha homossexualidade.
iG: Como ficou a relação com seus pais após isso? 
Pastor Joide: Com meu pai já não tinha um bom relacionamento. A minha mãe sofreu e chorou muito. Amado, vou falar uma coisa: por mais que a mídia faça apologia ao homossexualismo e de que os pais têm que aceitar a opção de seus filhos, no fundo, nenhum pai aceita porque é um vazio dentro da alma. Todo pai sonha com a continuidade da família. A situação na minha família foi ficando insustentável porque o problema não era mais só com meu pai e, sim, também com minha mãe e minhas irmãs. Elas diziam que eu era uma vergonha e minha mãe dizia que não tinha me feito daquele jeito.
iG: E por que virou travesti?
Pastor Joide: Eu tinha 14 anos. Segui esse caminho por causa da situação em que me encontrava. Parei com meus estudos e saí de casa. Vi na esquina um grupo de travestis e percebi que eles entravam e saíam de dentro dos carros. Perguntei se eles ganhavam dinheiro naquela vida e ouvi que ganhavam muito. O diabo soprou no meu ouvido que aquela era uma forma de me vingar do meu pai porque ele vivia dizendo que eu não valia nada, que era um inútil. Fui provar para ele que ia ser alguém na vida.
iG: A prostituição te deu muito dinheiro?
Pastor Joide: Um travesti me levou para a esquina e ali comecei a ganhar dinheiro, ainda em Cuiabá. Fui ganhando cada vez mais e me disseram que no Rio teria mais lucro. No Rio, me disseram que em São Paulo ganharia mais. Segui pra lá, onde coloquei quatro litros e meio de silicone no meu quadril. Em São Paulo, conheci travestis com carro do ano, muito chiques. Perguntei onde eles ganhavam tanto dinheiro e me disseram que em Paris ganhava-se mais...
iG: E foi para a França?
Pastor Joide: Já fazia cinco anos que estava na prostituição, juntei uma quantia e viajei. Cheguei a retornar ao Brasil, mas não me adaptei. Voltei para a Europa e morei em Portugal, na Espanha, Itália e Grécia. Em Barcelona, coloquei 380 ml de silicone no peito. Em Milão, conheci um italiano que dizia ser apaixonado por mim. Ele me levou para conhecer sua família, fomos morar juntos e deixei a prostituição.
iG: Como foi esse relacionamento?
Pastor Joide: Não há fidelidade nesse tipo de relação. Meus amigos não eram fiéis aos seus parceiros, como eu não era ao meu e nem ele a mim. Esse é um aspecto que a mídia não mostra. Uma coisa é estar diante da sociedade, outra coisa é quando se encontra só. Na frente das pessoas, mostrávamos o glamour, todos bonitos e produzidos. Quando nos encontrávamos a sós na madrugada, questionávamos a vida miserável que estávamos vivendo. Muitos iam para as drogas e bebidas para disfarçar aquela hipocrisia. Olhava meus amigos gays e travestis na faixa de 50 e 60 anos e via como eles sofriam. Não tinham parceiros e aqueles que tinham era por causa do dinheiro. Eu pensava que, se não morresse naquele momento, aquilo ia acontecer comigo.
iG: Quando as coisas começaram a mudar?
Pastor Joide: Minha mãe aceitou Jesus e começou a falar que ele tinha uma obra para minha vida. Mas eu achava que não havia solução. Um dia, com mais de cinco anos de relacionamento com o italiano, flagrei uma traição dentro da minha casa. Fiquei muito abalado porque entendi que a beleza que eu tinha não adiantava nada. Voltei ao Brasil e fui à igreja após um convite da minha mãe. No culto, o Espírito Santo falou ao meu coração e entreguei minha vida a Jesus. Não foi fácil. Foram quatro anos de renúncia, sendo acompanhado por uma psicóloga. O meu interior estava todo bagunçado.
iG: Chegou a ter recaídas nesse período?
Pastor Joide: (Enfático) No primeiro ano, claro que tive! Só que nelas eu chorava, pedia socorro e procurava a pastora que me ajudava. Falava que não ia dar conta. Foi aí que Deus deu o discernimento para ela e fui viver na sua casa. Lá, tive uma injeção de fé.
iG: Como conheceu sua esposa?
Pastor Joide: Enquanto dava o meu testemunho em um ginásio. Dois meses depois, nos reencontramos. Ela foi à igreja onde eu frequentava e começamos a ficar amigos. Gostei tanto dela que, quando vinha a vontade de voltar ao passado, dizia que não podia decepcioná-la. Ela confiava demais em mim. Ainda éramos amigos e eu falava para a Edna chorando que não ia dar conta. Mas ela dizia que eu ia conseguir, sim. Olhava e pensava: essa menina é realmente minha amiga. Isso foi criando uma força.
iG: Na construção do relacionamento, foi fácil começar a desejar uma mulher?
Pastor Joide: Quando comecei a ter sentimentos pela minha esposa nem eu mesmo queria. Mas comecei a observar que era um sentimento diferente, algo que não tinha tido por ninguém. Minha mão suava, meu coração parecia que ia sair pela boca e me dava uma tremedeira. Depois entendi que estava apaixonado e que esse amor vinha do trono da glória de Deus. Quando ficamos noivos, sonhava, desejava e ansiava em tê-la nos meus braços. Posso dizer que casei virgem porque fazia uns quatro anos ou mais que não tinha relação com ninguém. Era um novo homem. A Edna não casou com um travesti e, sim, com um homem 100% heterossexual, restaurado na sua identidade sexual pelo poder do evangelho. Entre namoro, noivado e casamento já são mais de 17 anos.
iG: O senhor ainda conta com alguma ajuda psicológica?
Pastor Joide: Não preciso mais. Posso ver homem nu, de bunda de fora. Deus restaurou minha identidade e quando ele faz isso não há força maligna que faça você voltar atrás. Mas não fiquei com amnésia. Lembro do meu passado, as feridas foram cicatrizadas, mas estão aqui. Elas servem para cicatrizar as feridas expostas de outras pessoas.
iG: Qual é sua opinião sobre as igrejas evangélicas inclusivas, que aceitam gays?
Pastor Joide: Amigo, as pessoas usam a Bíblia para satisfazer a vontade da carne. Elas não querem crucificar a carne, querem viver um cristianismo sem renúncia. O fato de as pessoas andarem com Jesus, falarem dele e abrirem igrejas não quer dizer que elas estão com Jesus. Esses pseudopastores fundam essas igrejas dizendo que Jesus é amor, mas ele também é justiça. É mais fácil achar que Jesus é só amor e viver no pecado. A crucificação dói e muitos não querem isso...
iG: Como o senhor pretende contar a sua história para seu filho daqui a alguns anos?
Pastor Joide: Com a maior naturalidade possível. Vou contar que o pai vivia na iniquidade e não conhecia Jesus. Quando o pai é amigo, conselheiro e explica, não tem confusão. Quero começar a conversar sobre sexualidade com meu filho aos cinco anos. Quando ele começar a ir à escola, vou falar para não deixar ninguém pegar na sua bunda. “Filho, não tem nada de (faz voz de criança) piu-piu”. Quando dou banho nele, brinco e falo: (engrossa a voz) “Tira o cacete pra fora, rapaz!” Se minha mãe me corrige, dizendo que não é cacete, respondo: (bravo) “Que negócio é esse da vovó dizer bilu? Bilu, o quê? É pinto, cacete, pau! (ri)


Fonte:  http://www.homorrealidade.com.br/2012/07/sera-pastor-e-ex-travesti-afirma-deus.html?spref=tw

Sueco inocentado de tentativa de estupro após vítima revelar ser transexual‏

Sueco inocentado de tentativa de estupro após vítima revelar ser transexual
 Um homem que tentou estuprar uma mulher foi inocentado por um tribunal da Suécia após a vítima revelar ser transexual.

"O crime jamais teve a possibilidade de ser concretizado", afirmou o juiz Dan Sjöstedt, da cidade de Örebro.

De acordo com o tribunal, o réu, de 61 anos, não tinha conhecimento de que a vítima escolhida era uma transexual não operada.

O sexagenário seguiu a vítima e, em uma rua deserta, agiu violentamente,
arrancando a calcinha dela. O erro só foi percebido quando o homem
agarrou a virilha da transexual.

O ataque se deu em frente à casa do ex-namorado da vítima, que veio em
socorro. Logo depois a polícia chegou e prendeu o agressor.

O reú foi condenado apenas por ataque violento e recebeu pena de quatro
anos de prisão e pagamento de 15 mil coroas (4.380 reais) para a vítima,
noticiou o site "The Local".

Justiça condena travesti e namorado a 25 anos de prisão por morte de Gay em MT‏

Justiça condena travesti e namorado a 25 anos de prisão por morte em MT
 Acusados mataram empresário de Cuiabá para roubar caminhonete.
Dinheiro da venda do veículo seria usado para pagar próteses de silicone.

A Justiça de Mato Grosso condenou nesta segunda-feira (21) uma travesti e
o namorado a 25 anos de prisão pelo crime de latrocínio - roubo seguido
de morte. O casal é acusado de matar, no dia 27 de abril deste ano, um
empresário que era dono de uma rede de videolocadora em Cuiabá. A
decisão cabe recurso.

Segundo as investigações da Polícia Civil, a travesti colocou sonífero
na bebida do empresário - mas conhecido como boa noite cinderela - e em
seguida chamou o companheiro que cometeu o assassinato. O casal disse à
polícia que venderiam a caminhonete da vítima por R$ 5 mil. O dinheiro
seria usado para custear a colocação de próteses de silicone na
travesti.

A Justiça entendeu que a travesti serviu de isca para executar o crime. O
namorado foi considerado o executor do crime. E um terceiro acusado,
que seria o responsável por vender o produto do latrocínio, foi
condenado a cinco anos e quatro meses de reclusão. Apenas este último
poderá recorrer em liberdade.

A polícia elucidou o caso utilizando informações do sistema de
rastreamento veicular da caminhonete da vítima. Segundo a polícia, o
sistema apontou que o veículo ficou parado por duas horas em um motel.
Além disso, informou o percurso feito pelos dois para se livrarem do
corpo e também que a caminhonete ficou estacionada na frente da casa dos
suspeitos.

MS: Travesti internada diz que foi espancada por homofobia‏

Fonte: http://brasil.gay1.com.br/2011/07/ms-travesti-internada-diz-que-foi.html#

Rayssa, 31 anos, está internada na Santa Casa de Campo Grande desde o
último dia 10, com afundamento de crânio e outras marcas de agressão.
Ela foi vítima de um ataque na região da Avenida Costa e Silva, nas
proximidades de um supermercado atacadista da Capital sem motivo
aparente. Segundo ela, o espancamento foi um ato de homofobia.

A travesti, que prefere ser chamada de Rayssa, conta que no dia 10 de
junho, diferente de seu hábito, resolveu ingerir bebida alcoólica com
amigas no período da tarde. Quando resolveu ir embora, sentiu-se tonta
e, antes de voltar para a república onde mora, decidiu andar um pouco a
pé para ver se passava o efeito de tontura que sentia.

Rayssa
conta que ao passar na lateral de um grande muro de uma borracharia foi
atacada com uma pancada forte na cabeça, que provocou seu desmaio. A
travesti não sabe dizer ao certo quanto tempo permaneceu desacordada,
mas acredita que aproximadamente 50 minutos até retornar sua consciência e ser socorrida por um casal que passava de carro e parou para ajudar.

Antes de ser levada para a Santa Casa, a travesti lembra que passou por uma
unidade de saúde pública e depois transportada pelo Corpo de Bombeiros
para onde permanece internada. Com afundamento de crânio, Rayssa teve
que passar por um implante de placa de titânio e agora aguarda para
fazer uma cirurgia reparadora no nariz, já que ficou com fratura exposta
por conta da agressão sofrida.

Nestes dias que já passou na
Santa Casa Rayssa tem ocupado o tempo fazendo crochê, inclusive já
conquistou clientes com seu trabalho. Vindo de uma cidade do interior do
Estado, a travesti conta que está em Campo Grande há 15 anos e nunca
tinha sofrido violência. “Agora tenho até medo de sair daqui e ter que
enfrentar as ruas”, diz frisando que não faz programas sexuais. Ela
trabalha na própria república de travestis, que fica na região onde fora
atacada.

Homofobia
Questionada sobre que motivos motivaram a agressão contra ela, a travesti acredita ser uma vítima de homofobia.

A suspeita de que foi vítima de homofobia é por estar numa região
conhecida como "reduto de homossessuais que fazem ponto em busca de
clientes para programas". Além disso, Rayssa recorda de fatos que
aconteceram com amigas suas e histórias contadas por elas. “Duas colegas
que fazem programa e moram na mesma república que eu apanharam alí
naquela região. Outra na área central. Isto vem piorando dos últimos
sete anos para cá. A gente vê também que muitos estudantes da federal
(Universidade Federal) passam com ares de gozação. Não quero acusar
ninguém, mas isto é uma grande demonstração de que as pessoas exalam
preconceito”, diz.

Segundo relato de Rayssa, há aproximadamente
um ano, uma travesti morreu depois de levar uma pancada na nuca quando
esperava cliente, desmaiou e acabou morrendo.

Direitos Humanos
O Centro de Defesa dos Direitos Humanos Marçal de Souza (CDDH) recebe
constantemente reclamações e denúncias de LGBTs relatando violência
física e moral. O presidente da entidade, Paulo Ângelo de Souza, relata
que muitas vítimas se sentem constrangidas para procurar a polícia e
formalizar uma queixa.

“Tem casos nos quais este público sofre
situação vexatória dentro da própria delegacia ou destacamento militar,
porque ainda há policiais não preparados para este tipo de atendimento, e
então eles acabam desistindo. Mas é importante que registrem e façam
questão que conste que se trata de crime com característica homofóbica”,
orienta.

Outra opção é procurar o CDDH para formalizar a
denúncia. De acordo com Paulo Angelo, Campo Grande e cidades da região
norte do Estado são as que estão com mais casos de homofobia que resulta
em violência física e, na maioria deles, o registro acaba ficando
apenas como lesão corporal, o que traz prejuízo para dados estatísticos
que podem resultar em maior atenção para desenvolvimento de políticas
públicas.

OEA condena assassinato de duas travestis no Brasil

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos condenou dois assassinatos de travestis no Brasil e cobrou a investigação dos crimes para não abrir espaço à cultura de impunidade. O primeiro caso ocorreu em Curitiba e o segundo se deu em Bauru, no interior de São Paulo, ambos no final de junho.

Em nota emitida ontem (6), a comissão, que integra a Organização dos Estados Americanos (OEA), “lembra que é obrigação do Estado investigar de ofício fatos dessa natureza e sancionar aqueles que resultarem responsáveis. A Comissão insta ao Estado a abrir linhas de investigação que tenham em consideração se este assassinato foi cometido em razão da identidade de gênero ou da orientação sexual da vítima”.

No dia 26 foi encontrado um corpo queimado perto do rio Iraí, no Paraná. Segundo a comissão, o corpo foi identificado como sendo do sexo masculino, com unhas pintadas e presença de características atribuídas ao sexo feminino, o que levou a se indicar como o assassinato de uma pessoa trans, cuja identidade ainda não foi possível de estabelecer.

Quatro dias depois, em Bauru, Camila de Mink foi apunhalada perto de uma zona conhecida pela prostituição. Seria o terceiro caso de violência contra travestis na cidade paulista apenas neste ano.

O órgão afirma no comunicado que o Brasil deve agir para garantir uma vida livre de discriminação e que assegure o respeito à orientação sexual. “A comissão continua recebendo informações sobre assassinatos, torturas, detenções arbitrárias e outras formas de violência e preconceito contra lésbicas, gays e pessoas trans, bissexuais e intersex”, diz.

“Além disso, a comissão observa que existem problemas nas investigações destes crimes, o que conduz, em parte, a que não se abram linhas de investigações que considerem se o delito foi cometido em razão da identidade de gênero ou orientação sexual das vítimas. A inefetividade da resposta estatal fomenta altos índices de impunidade, os quais, por sua vez, propiciam uma repetição crônica, submetendo vítimas e seus familiares a uma situação de desamparo.”

terça-feira, 12 de junho de 2012

Neste sábado, 9, foi lançado nas redes sociais um protesto da Frente Paulista de Travestis e Transexuais contra a organização da Parada Gay de São Paulo.
Em conversa por telefone com o Blogay,  a travesti Janaína Lima, 36, esclarece o que está acontecendo. “Este ano não temos o nosso tradicional trio nem conseguimos colocar nossos cartazes. Mas acordamos com a Parada que iríamos no trio oficial de abertura e algumas outras no trio da Paz que encerra o evento. Depois vieram nos anunciar que iríamos no sétimo carro e no último. Por fim, ontem (sexta-feira) avisaram que seria só no sétimo carro e que não adiantava nem reclamar porque não tinha acordo.”
As travestis e transexuais iriam vestidas de professora, enfermeiras, advogadas. “Eles [os organizadores] pediram que nós não fossemos peladas ou de vestido curto. Mesmo a gente achando que no fundo tinha algum preconceito porque boy de sunga branca sem camisa iria ter aos montes, nós concordamos porque era uma maneira de dar visibilidade aos transgêneros.”
Toda esta situação escancara um certo desdém, mesmo que implícito, pelas vítimas mais visíveis da homofobia. “Com esta gestão não conseguimos diálogo algum, existe uma invisibilidade para as travestis e transgênros. A Parada Gay hoje é uma parada machista e misógina”, desabafa Janaína.
Esta situação levou a Frente a divulgar a seguinte nota:
“Nós, travestis e transexuais reunidas no dia 09 de junho de 2012 após discussão pelo conjunto de pessoas presentes na reunião ordinária, como consta registrado em ATA, vimos por esse intermédio protestar pela forma como foram tratadas as travestis e transexuais desse estado na 16ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo. Não concordamos com os argumentos usados nas discussões para as nossas participações limitando e impondo o modo de nos vestir e se comportar durante a parada, ainda assim concordamos.  Porém, nem com esse acordo fora disponibilizado para nós o trio como de costume, mais espanto causou ainda quando fomos informadas que nem as nossas participações nos demais trios fora garantida como um acordo prévio com os organizadores da mesma. Nesse sentido não nos cabe outra atitude senão PROTESTAR pela forma transfóbica dos organizadores da 16ª Parada e esperar que a gente possa ser incluída não somente nos discursos, mais nas ações e atitudes que tenham a ver com a população LGBT de São Paulo, pois também fazemos parte dessa cidade e estado.
Travestis e Transexuais já esta na hora de sermos respeitadas e não apenas usada”

                           Protesto de trans contra a Parada neste sábado, 9 (Divulgação/Facebook)
O OUTRO LADO
Em conversa com o Blogay, o assessor de imprensa da Parada de São Paulo, Leandro Rodrigues, explicou que “existem 40 pulseiras reservadas para as travestis e transexuais. 20 para o sétimo carro e 20 para o último carro que será um trio da diversidade, voltada a grupos vulneráveis, além da questão do casamento igualitário.”
Segundo Rodrigues, o trio oficial da Parada, o chamado carro oficial acabou ficando apertado para o grupo de travestis pois terá a presença de políticos como Marta Suplicy, Jean Wyllys e o governador Geraldo Alckmin que virá com uma comitiva de oito pessoas.
Ele também afirma que “em nenhum momento a Parada resolveu impor uma certa vestimenta para as travestis. E que cada um vá vestido como bem entender. Importante frisar é que a orientação para se vestirem como profissionais de várias áreas atende a uma demanda levantada por nosso grupo quinzenal de TTs [travestis e transexuais], que é a inserção delas no mercado de trabalho. Portanto, virem fantasiadas de médica, comissária de bordo, professora etc é um protesto alegórico pelo o reconhecimento das TTs como capazes de executar qualquer função. Porém, nenhuma delas é obrigada a acatar essa orientação e podem se vestir da forma que quiserem.”
Sobre uma posição  de transfobia da Parada , ele alega que em seus quadros têm as travestis Greta Star, tesoureira do evento, e Adriana da Silva.

FONTE: http://blogay.blogfolha.uol.com.br/2012/06/09/travestis-e-transexuais-protestam-contra-parada-gay-e-machista-e-misogina/

segunda-feira, 11 de junho de 2012

SIGLAS

ACAF Autoridade Central Administrativa Federal
CEAMO Centro de Referência e Apoio à Mulher (antigo Centro de Apoio à Mulher Operosa)
CEJAIs Comissões Estaduais Judiciárias de Adoção Internacional
CMAS Conselho Municipal de Assistência Social
CMC Conselho Municipal de Cultura
CMDCA Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente
CME Conselho Municipal de Educação
CMPD Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência
CMS Conselho Municipal de Saúde
CNAS Conselho Nacional de Assistência Social
CNJ Conselho Nacional de Justiça
COMAD Conselho Municipal Antidrogas
CONANDA Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente
CONSEG Conselho Municipal de Segurança
CRAS Centro de Referência da Assistência Social
CREAS Centro de Referência Especializado da Assistência Social
CT Conselho Tutelar
DCA Departamento da Criança e do Adolescente
DDM Delegacia de Defesa da Mulher
DECOM Departamento de Comunicação
DP Defensoria Pública
ECA Estatuto da Criança e do Adolescente
ESCCA Exploração Sexual Comercial de Crianças e Adolescentes
FMAS Fundo Municipal da Assistência Social
FMDCA Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente
FUNDEB Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da
Educação
GAA Grupo de Apoio à Adoção
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IDF Índice de Desenvolvimento da Família
INEP Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
InfoAdote Sistema Informatizado de Controle de Adoção
LACRI Laboratório de Estudos da Criança do Instituto de Psicologia
LDO Lei de Diretrizes Orçamentárias
LOA Lei Orçamentária Anual
LOAS Lei Orgânica da Assistência Social
MDS Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
MEC Ministério da Educação
MJ Ministério da Justiça
MP Ministério Público
MPAS Ministério da Previdência e Assistência Social
NEPP Núcleo de Estudos de Políticas Públicas
OAB Ordem dos Advogados do Brasil
ONG Organização Não Governamental
PAIF Serviço de Proteção Social Básica à Família
PMAS Plano Municipal de Assistência Social
PMCFC Plano Municipal de Promoção, Proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à
Convivência Familiar e Comunitária
PNAS Política Nacional de Assistência Social
PNCFC Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à
Convivência Familiar e Comunitária
RMC Região Metropolitana de Campinas
SAGI Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação
SEADE Sistema Estadual de Análise de Dados
SEAS Secretaria de Estado de Assistência Social
SEB Secretaria de Educação Básica
SEDS Secretaria de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo
SEE Secretaria da Educação do Estado de São Paulo
SEHAB Secretaria Municipal de Habitação
SETRANSP Secretaria Municipal de Transportes
SGD Sistema de Garantia de Direitos de Crianças e Adolescentes
SINAN Sistema de Informação de Agravo de Notificação
SINASE Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo
SIPIA Sistema de Informação para a Infância e Adolescência
SISNOV Sistema de Notificação de Violências
SMAJ Secretaria Municipal de Assuntos Jurídicos
SMC Secretaria Municipal de Cultura
SMCAIS Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência e Inclusão Social
SMCASP Secretaria Municipal de Cooperação nos Assuntos de Segurança Pública
SME Secretaria Municipal de Educação
SMEL Secretaria Municipal de Esportes e Lazer
SMF Secretaria Municipal de Finanças
SMRH Secretaria Municipal de Recursos Humanos
SMS Secretaria Municipal de Saúde
SMTR Secretaria Municipal de Trabalho e Renda
SUAS Sistema Único de Assistência Social
UNFPA Fundo de População das Nações Unidas
UNICAMP Universidade Estadual de Campinas
UNICEF Fundo das Nações Unidas para a Infância
USP Universidade de São Paulo
VDCCA Violência Doméstica Contra Crianças e Adolescentes
VIJ Vara da Infância e da Juventude